Atletas Paraolímpicos
A fraqueza muscular, a assimetria de forças e o desequilíbrio entre músculos são fatores de risco para lesão dos joelhos. Jogadores de futebol portadores de paralisia cerebral (PC), possivelmente, apresentam estes fatores de risco exacerbados em decorrência da doença e do esporte. O artigo “Força muscular isocinética de jogadores de futebol da seleção paraolímpica brasileira de portadores de paralisia cerebral” analisou 21 futebolistas paraolímpicos, submetidos à avaliação dos músculos flexores e extensores dos joelhos. O estudo é assinado por Marília dos Santos Andrade, Anna Maria Fleury e Antônio Carlos da Silva, pesquisadores do Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “A paralisia cerebral pode ser definida como uma doença não progressiva que afeta o desenvolvimento do sistema nervoso central. A atividade física tem sido prescrita para indivíduos portadores de paralisia cerebral com o objetivo de reduzir e, eventualmente, até reverter alguns prejuízos musculares”, explicam os autores. Segundo o estudo, como os jogadores de futebol portadores de PC apresentam fatores de risco para lesão dos joelhos, um programa de avaliação e fortalecimento muscular deve ser indicado para esta população. “Futebolistas com paralisia cerebral, mesmo que altamente treinados, podem apresentar risco elevado de lesões traumáticas ou por esforços repetitivos da articulação do joelho”, revela o estudo. Recomenda-se, portanto, que os atletas sejam submetidos a programas de fortalecimento muscular, independentemente do estágio de treinamento.
Revista Brasileira de Medicina do Esporte – vol. 11 – nº 5 – Niterói – set./out. 2005
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922005000500007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
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