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quarta-feira, 15 de abril de 2009

HC testa terapia com cães para tratar criança autista


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http://www.redepsi.com.br/portal/modules/news/article.php?storyid=5255

HC testa terapia com cães para tratar criança autista

*FERNANDA BASSETTE*
da *Folha de S.Paulo*

Um grupo de ao menos 300 crianças e adolescentes autistas -que faz
tratamento no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São
Paulo- está participando de uma terapia experimental com cães em um projeto
pioneiro realizado em parceria com a ONG Inataa (Instituto de Ações e
Terapias Assistidas por Cães).

Segundo Estevão Vadasz, psiquiatra e coordenador do Projeto de Autismo do
instituto, a terapia complementar com cães já é usada com sucesso no Canadá,
nos Estados Unidos e na Europa, por isso o instituto resolveu testar os
benefícios aqui no país.
Joel Silva/Folha Imagem [image: Crianças autistas brincam com cachorros
treinados no Hospital das Clínicas; no final do tratamento, elas podem levar
o animal para casa] Crianças autistas brincam com cachorros treinados no
Hospital das Clínicas; no final do tratamento, elas podem levar o animal
para casa

O autismo atinge cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil e é um transtorno
que provoca um distúrbio comportamental. Os principais sintomas apresentados
são problemas de comunicação e linguagem, dificuldades de socialização e
comportamentos repetitivos.

O objetivo da terapia com os cães é estimular e facilitar o relacionamento e
a comunicação dos autistas com as pessoas em geral, com a família e com os
cuidadores. A técnica está sendo testada no HC desde novembro do ano passado
e, segundo Vadasz, os primeiros resultados observados são bastante
animadores.

"Temos um paciente de cinco anos que gostou tanto de interagir com os
cachorros que quer vir brincar toda semana. Um outro paciente tinha pavor de
entrar no Instituto de Psiquiatria [por causa do ambiente hospitalar] e
agora até canta. Para nós, isso é um grande avanço", diz.

De acordo com Vadasz, a terapia com os cães é dividida em três fases. Na
primeira, as crianças são expostas aos cães e os médicos observam suas
reações, para avaliar se elas se beneficiariam ou não da terapia. "Se a
criança tiver muito medo do cão, por exemplo, não adianta continuarmos o
tratamento, pois teríamos outro trabalho para fazê-la superar o medo do
cão", diz.

A segunda fase é a terapia propriamente dita, que envolve a criança, o cão e
o terapeuta, realizada no próprio hospital. Depois desse período e
dependendo da evolução do caso, a criança poderá levar um cão treinado para
casa para ser o seu companheiro. "Assim como os cegos têm um cão para
guiá-los, os autistas terão um cão treinado para lhes fazer companhia."

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"Grandes mentes discutem idéias; Mentes medianas discutem eventos; Mentes
pequenas discutem pessoas." Eleanor Roosevelt



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