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domingo, 18 de agosto de 2013

Mundial Paralímpico: Brasil ganha novo campeão e tem ouro "suspenso"


  • Danilo Vital
    Direto de Montreal (Canadá)
O quinto dia de competições do Mundial Paralímpico de Natação foi de altos e baixos para a delegação brasileira presente em Montreal, no Canadá. “Altos” porque o País tem um campeão inédito: Roberto Alcalde, que brilhou nos 100 m peito e subiu no lugar mais alto do pódio pela primeira vez. O “baixo” foi a desclassificação do Brasil - ainda contestada e indefinida - após dominar e vencer o revezamento 4x50 m medley.
Roberto Alcalde recebe a medalha de ouro dos 100 m peito Foto: Marcelo Régua/MPIX/CPB / Divulgação
Roberto Alcalde recebe a medalha de ouro dos 100 m peito
Foto: Marcelo Régua/MPIX/CPB / Divulgação
O problema no revezamento ocorreu com Talisson Glock, o terceiro a nadar - após Daniel Dias e Roberto Alcalde. Ao terminar sua parcial, o atleta tem um tempo determinado para deixar a área próxima à piscina, de modo que não atrapalhe os demais atletas. O brasileiro excedeu esse tempo, o que fez a organização da competição desclassificar o time.
Ronystony da SIlva, o último a nadar, fechou a prova em primeiro. Minutos mais tarde, a desclassificação foi confirmada. A delegação brasileira fez um protesto oficial, alegando que Talisson não conseguiu deixar a área demarcada justamente por conta da presença de outros atletas. A decisão só sai neste sábado.
Essa pode ser o segundo ouro de Roberto, que mais cedo nadou os 100 m peito S5 em 1min37s32. “Vim para cá pensando na medalha, mas era muita diferença. O pessoal aqui é muito forte, eu estava competindo com (atletas que compuseram) o pódio de Londres, então minha prova foi forte”, comemorou Roberto. Adriano de Lima também participou e terminou em 6º.
O outro ouro da noite foi de André Brasil, que chegou em primeiro nos 100 m borboleta S10 com tempo de 56s76, deixando para trás o russo Dmitry Grigorev, com quem já havia trocado provocações. “Com meu jogo mental, eu tentei quebrar um pouco antes: falei que ia passar bem forte. Para quem assistiu a prova, eu estava com um “piano” nos últimos 10 m, mas eu não ia desistir”, comemorou.
Alcalde participou também do revezamento 4x50 m medley Foto: Marcelo Régua/MPIX/CPB / Divulgação
Alcalde participou também do revezamento 4x50 m medley
Foto: Marcelo Régua/MPIX/CPB / Divulgação
“Ano passado, quando ele (Grigorev) chegou muito próximo, brincou que em algum tempo iria me ganhar. Eu disse que se eu treinasse exclusivamente para essa prova como ele faz, ele não iria me ganhar. Iria demorar um pouco”, contou André, que voltou a lamentar o tempo abaixo do esperado – o recorde mundial, de sua autoria, é de 55s99. “Como diz meu amigo Thiago Pereira: o que vale é a placa amarela, quem toca antes, ganha”.
Phelipe Rodrigues também nadou os 100 m borboleta S10, terminando com a 6ª colocação. Já Letícia Freitas ficou em 5º lugar nos 400 m livre S13. Ruiter Silva, nos 400 m livre S9, acabou com o 7º lugar. Por fim, o revezamento feminino dos 4x50 m medley terminou com a sexta colocação, nadando com Susana Ribeiro, Edênia Garcia, Maria Dayanne da Silva e Joana Neves.
​O repórter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro

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