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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado

Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado
Friburgo sedia etapa regional do Programa Lidera Rio nos Esportes
Na próxima terça-feira, 22 de outubro, o Sebrae-RJ reúne prefeitos e gestores de esportes da Região Serrana para o Seminário de Abertura da Capacitação promovida pelo Programa Lidera Rio nos Esportes. O programa, lançado no final de agosto na ALERJ, com o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer 

Documentário “Todos com todos”

Documentário “Todos com todos”

O documentário Todos com Todos é uma produção da Secretaria de Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência de São Paulo. Dirigido por Marco Del Fiol, apresenta depoimentos e situações cotidianas sobre educação inclusiva, envolvendo educadores, alunos com e sem deficiência e famílias.


Ficha Técnica
Gênero: Educativo
Título Original: Todos com todos
Diretor: Marco Del Fiol
Ano: 2011
País de Origem: Brasil
Duração: 26 minutos
Colorido
Classificação indicativa: Livre
Acessibilidade: não dispõe de legenda, audiodescrição ou janela de Libras

DJ surdo usa tecnologia para levar sua música para as pessoas | Deficiente Ciente

DJ surdo usa tecnologia para levar sua música para as pessoas | Deficiente Ciente
DJ Robbie Wilde Por Jaque_ Barbosa (Hypeness)
Que a tecnologia está mudando nossas vidas todo mundo já sabe. Mas há casos em que ela parece fazer o impossível: Robbie Wilde é um DJ surdo, que há 10 anos vem praticando o ofício e que, através da leitura labial, da vibração da música e da medição das performances em seus aparelhos, conseguiu realmente se tornar especial.

esporteadaptadoneuromuscularunifesp: AGENDAMENTO DE ATENDIMENTO

esporteadaptadoneuromuscularunifesp: AGENDAMENTO DE ATENDIMENTO: AGENDAMENTO DE CONSULTAS email: esporteadptado@gmail.com Todas as quartas-feiras 9:00 hs ás 11:00 hs Rua: Estado de Israel, 899...

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA EM DEBATE









Momento muito importante pata realmente nossa militância suprimir o artigo 122 proposto no Estatuto. Artigo este que muda a lei 8666. 

A história das pesquisas sobre autismo até os dias atuais


A história das pesquisas a cerca do Transtorno de Espectro Autista é recente. A primeira vez que o transtorno foi apresentado como autismo foi pelo médico Eugen Bleuler no início do século XX (na literatura o ano varia entre 1903,1908 e 1911). Ele definiu o transtorno como uma função complexa em que a relação com a realidade é perturbada ou suspensa, em consequência de uma perturbação primaria de associações e surgimento de emoções e imagens fugidias. (HOCCHMAN, 2009)
Em 1933, o médico Howard Potter, baseando-se nas pesquisas de Eugen Bleuler, discutiu o caso de seis pessoas, nos quais, os sintomas de alteração do comportamento e um distanciamento social se iniciaram ainda na infância. Ele então propôs que se tratava de uma esquizofrenia infantil.
Seguindo os passos dos médicos citados acima, em 1943, o médico austríaco, Leo Kanner, apresenta seus estudos a cerca do Transtorno de Espectro Autista para o mundo. Ele denominou o transtorno de Distúrbio Autístico do Contato Afetivo e descreveu o caso de 11 crianças que apresentavam como características em comum o isolamento afetivo e emocional, movimentos estereotipados e dificuldades de comunicação, e como se pode observar, são as características principais do transtorno até os dias de hoje.
Já em 1944, Hans Asperger, trabalhando separado de Kanner, desenvolveu um estudo com um grupo de crianças com um distúrbio que ele denominou de Psicopatia Autística. O grupo de Asperger tinha características semelhantes ao grupo estudado por Kanner, como pobreza de expressões gestuais e faciais e apresentavam movimentação estereotipada, mas não possuíam ecolalia, ou qualquer problema linguístico.
Desde a descrição inicial elaborada por Kanner, o autismo infantil nas três décadas subsequentes continuou a ser classificado como um tipo de psicose precoce. (BANDIM, 2010) A partir disso, acontecem as primeiras alterações na concepção de autismo, primeiramente com Ritvo, que passou a relacionar o autismo com déficit cognitivo, considerando-o um transtorno do desenvolvimento.
Ao surgir os manuais diagnósticos, o transtorno autista passou a ser classificado como modelo para um novo grupo de transtorno de desenvolvimento, que foi nomeado como Transtornos Invasivos do Desenvolvimento. Os TIDs estão entre os transtornos de desenvolvimento mais comuns. Referem-se a uma família de condições caracterizadas por uma grande variedade de apresentações clínicas. (KLIN, 2006)
Depois de Ritvo, a médica psiquiatra inglesa Wing foi de grande importância para o conceito que conhecemos hoje de autismo. Ela afirmou que os sintomas do transtorno podem variar em graus, dependendo do comprometimento cognitivo de cada um. E foi a partir dessa visão que os estudiosos da área chegaram a classificação que conhecemos hoje.
O autismo é visto como um espectro, daí a mudança do nome para Transtorno de Espectro Autista, referindo-se assim, a sua natureza dimensional. Sabemos que o transtorno pode variar em grau e que nenhum caso é igual a outro. E, apesar dos avanços feitos nos últimos anos, o autismo ainda é algo que desafia a ciência, sendo necessário se investir mais e mais nas pesquisas relacionadas ao transtorno, para que as muitas perguntas que ainda existem sejam respondias.
Referência:
BANDIM, J.M. Autismo: uma abordagem prática – Recife: Bagaço, 2010.
HOCCHMAN, J. Histoire de l´autisme. Paris : Odile jacob, 2009.
KLIN, A. Autismo e Síndrome de Asperger: uma visão geral. 2006

Motociclista que ficou paraplégico viaja 5.700 km pela Ásia numa cadeira de rodas adaptada em uma handcycle | Deficiente Ciente

Motociclista que ficou paraplégico viaja 5.700 km pela Ásia numa cadeira de rodas adaptada em uma handcycle | Deficiente Ciente
Andreas Pröve
Andreas Pröve
O fotojornalista paraplégico Andreas Pröve viajou durante dias ao longo do Rio Mekong. De cadeira de rodas e, durante grande parte do caminho, sozinho. Ele narra suas aventuras na China em livros e fotorreportagens.
Andreas Pröve espera à beira de uma estrada de terra, no meio do planalto tibetano, uma terra de ninguém. A temperatura é de 0ºC. Dentro de meia hora a noite cairá. Se um carro não passar em breve para pegá-lo, Pröve será obrigado a dormir ao ar livre.

Príncipe Willian e Kate Middleton também lutam contra o estigma da síndrome de Down | Deficiente Ciente

Príncipe Willian e Kate Middleton também lutam contra o estigma da síndrome de Down | Deficiente Ciente
Príncipe William e Kate MiddletonCaro leitor,
A matéria abaixo foi extraída do site Romário Deputado Federal.
Ele não tem nem um mês de idade, mas Príncipe George já aprendeu uma grande lição dos seus pais bondosos.
Príncipe William e Kate Middleton geralmente fogem dos holofotes, mas recentemente eles abriram uma exceção por uma artista com síndrome de Down. Tazia Fawley, 43, passou seis meses produzindo umapintura brilhante do clássico infantil Rupert o Urso voando sobre a ponte no Bristol Balloon Festival, na Inglaterra, e esperava que o casal real aceitasse a pintura e a pendurasse em sua casa.

Cadeirante doa dinheiro de seu tratamento de células tronco para criança que não pode andar | Deficiente Ciente

Cadeirante doa dinheiro de seu tratamento de células tronco para criança que não pode andar | Deficiente Ciente

Dan Black
Há cinco anos, Dan Black ficou paralisado depois de um acidente de bicicleta. Desde então, ele vinha juntando dinheiro  para um tratamento com células tronco que pudesse fazê-lo andar novamente. O problema é que o tratamento ainda não existe, portanto, seu dinheiro estava guardado enquanto ele esperava um avanço da medicina.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Abertas inscrições para o 4º Prêmio Ações Inclusivas para Pessoas com Deficiência - Edição 2013

 
Informativo da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência -
 18/09/2013 - Boletim 130
Abertas inscrições para o 4º Prêmio Ações Inclusivas para Pessoas com
Deficiência - Edição 2013
 

Podem participar gestores públicos municipais e estaduais e entidades sem fins lucrativos do Estado de São Paulo. 

Morungaba apresenta exposição fotográfica acessível e fica no Memorial da Inclusão
até 20 de outubro
 
Mostra tem recursos de acessibilidade em fotografias que mostram o cotidiano da Associação Morungaba
Secretaria promove Seminário Internacional sobre Bilinguismo 
Evento acontece em 17 e 18/09 no Hotel Maksoud Plaza, em SP
II Encontro de Gestores de Comunicação do Estado de São Paulo – Por uma Comunicação
Inclusiva: 20/09.
 
Por uma Comunicação Inclusiva" é o tema. Inscrições estão encerradas.
Ato em defesa do trabalho da pessoa com deficiência em São Paulo é no dia 23/09 
Ato público marca Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado no sábado, dia 21/09






 
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O Esporte Paralímpico na Formação do Profissional em Educação Física: Percepção de Professores e Acadêmicos

http://educaofsicaadaptadaeeducaoespecial.blogspot.com.br/

Resumo

O Esporte Paralímpico passa por um grande crescimento, sendo a formação de recursos humanos parte importante nesse processo. Profissionais de Educação Física devem cada vez mais tomar contato com esse conteúdo durante seu processo de formação inicial, de modo a qualificar sua prática profissional. Faz-se necessário oferecer oportunidades para os alunos vivenciarem as modalidades paralímpicas, estimulando a reflexão sobre a futura atuação profissional. O objetivo do trabalho é investigar a percepção de docentes e acadêmicos do curso de Educação Física, nas modalidades licenciatura e bacharelado, acerca do Esporte Paralímpico enquanto vivência prática e formação profissional. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com 6 professores de disciplinas que abordem o Esporte Paralímpico como um de seus conteúdos e com 10 alunos de graduação e pós-graduação que participaram do projeto de extensão em 5 modalidades paradesportivas e aplicado um questionário em 54 alunos de graduação que participaram de um torneio universitário. Acadêmicos e docentes acreditam que o Esporte Paralímpico é um conteúdo importante a ser trabalhada na Educação Física e a vivência prática é parte fundamental no processo de aprendizagem. Além disso, consideram os espaços extracurriculares como ferramentas importantes de aprendizado, possibilitando o aprofundamento do conteúdo discutido em sala de aula. Espera-se que mais pesquisas possam ser realizadas de modo a relacionar a prática docente com o plano de aulas e as ementas das disciplinas, observarem as aulas, buscarem alternativas extracurriculares, de modo a aprofundar as reflexões sobre a abordagem do Esporte Paralímpico na formação do profissional de educação Física. 

domingo, 18 de agosto de 2013

Amputado por trem, brasileiro de 18 anos quebra recorde e anima para 2016


Talisson, 18 anos, é esperança para Rio 2016 Foto: Washington Alves / Mpix / CPB / Divulgação
Talisson, 18 anos, é esperança para Rio 2016
Foto: Washington Alves / Mpix / CPB / Divulgação
  • Danilo Vital
    Direto de Montreal (Canadá)
Talisson Henrique Glock tem 18 anos, pratica natação há nove, mas só há quatro passou a competir, o que o levou a ser chamado para integrar a Seleção Brasileira dois anos atrás. Todos esses números podem ser redirecionados a apenas um, icônico, para o qual o atleta, vítima de um acidente com um trem na infância, mantém o foco: 2016. O jovem nadador se tornou uma das esperanças para a Paralimpíada do Rio de Janeiro.
O crescimento na carreira ficou evidente na quinta-feira, no Mundial Paralímpico de Montreal, onde conseguiu a medalha de prata nos 200 m medley S6, prova que deve ser sua principal em 2016. Para isso, quebrou o recorde das Américas duas vezes – primeiro nas eliminatórias, depois na final -, com 2min44s85. “Vou continuar treinando para essa prova, que é uma das minhas melhores. A outra é os 100 m costas. Estou entrando para o borboleta também”, disse, animado.
Talisson começou a praticar natação aos 9 anos de idade porque sua mãe, preocupado, não o queria enfurnado dentro de casa após um acidente com um trem em Joinville, cidade onde nasceu e cresceu. O garoto foi atropelado nas proximidades da escola e teve braço e perna direita amputados. Não se sabe ao certo o que aconteceu. “Eu não lembro. Só posso falar o que minha mãe me conta”.
Vaidosa 'ao máximo', nadadora adapta prótese para usar com salto
Vaidosa "ao máximo", nadadora adapta prótese para usar com salto
Ela foi alertada do ocorrido por um amigo de Talisson, que o viu preso entre os trilos e o trem ao sair da escola, localizada ao lado da ferrovia. “Quando minha mãe chegou, o trem ainda estava em cima de mim. Passaram oito vagões em cima do meu corpo”, explicou o atleta, que perdeu muito sangue e só não morreu pela rapidez da equipe do PA 24 horas (Pronto Atendimento) da cidade.
Talisson ficou 23 dias internado, e depois, em casa, começou a fazer uma recuperação que definiu como “rápida”. Quanto à natação, o talento apareceu rapidamente também. “Vi que levava jeito e, um ano depois, já estava no Estadual, no Brasileiro”, contou. Atualmente, já não mora mais próximo à ferrovia: faz parte do Time São Paulo, mas treina no Rio de Janeiro. “É meio indefinido”, afirmou, aos risos. O que se espera é que, em 2016, esteja mesmo na cidade carioca para a Paralimpíada, já que alimenta chance de medalha de ouro: “acredito que dê, sim”.
O repórter viajou a

Mundial Paralímpico: Brasil ganha novo campeão e tem ouro "suspenso"


  • Danilo Vital
    Direto de Montreal (Canadá)
O quinto dia de competições do Mundial Paralímpico de Natação foi de altos e baixos para a delegação brasileira presente em Montreal, no Canadá. “Altos” porque o País tem um campeão inédito: Roberto Alcalde, que brilhou nos 100 m peito e subiu no lugar mais alto do pódio pela primeira vez. O “baixo” foi a desclassificação do Brasil - ainda contestada e indefinida - após dominar e vencer o revezamento 4x50 m medley.
Roberto Alcalde recebe a medalha de ouro dos 100 m peito Foto: Marcelo Régua/MPIX/CPB / Divulgação
Roberto Alcalde recebe a medalha de ouro dos 100 m peito
Foto: Marcelo Régua/MPIX/CPB / Divulgação
O problema no revezamento ocorreu com Talisson Glock, o terceiro a nadar - após Daniel Dias e Roberto Alcalde. Ao terminar sua parcial, o atleta tem um tempo determinado para deixar a área próxima à piscina, de modo que não atrapalhe os demais atletas. O brasileiro excedeu esse tempo, o que fez a organização da competição desclassificar o time.
Ronystony da SIlva, o último a nadar, fechou a prova em primeiro. Minutos mais tarde, a desclassificação foi confirmada. A delegação brasileira fez um protesto oficial, alegando que Talisson não conseguiu deixar a área demarcada justamente por conta da presença de outros atletas. A decisão só sai neste sábado.
Essa pode ser o segundo ouro de Roberto, que mais cedo nadou os 100 m peito S5 em 1min37s32. “Vim para cá pensando na medalha, mas era muita diferença. O pessoal aqui é muito forte, eu estava competindo com (atletas que compuseram) o pódio de Londres, então minha prova foi forte”, comemorou Roberto. Adriano de Lima também participou e terminou em 6º.
O outro ouro da noite foi de André Brasil, que chegou em primeiro nos 100 m borboleta S10 com tempo de 56s76, deixando para trás o russo Dmitry Grigorev, com quem já havia trocado provocações. “Com meu jogo mental, eu tentei quebrar um pouco antes: falei que ia passar bem forte. Para quem assistiu a prova, eu estava com um “piano” nos últimos 10 m, mas eu não ia desistir”, comemorou.
Alcalde participou também do revezamento 4x50 m medley Foto: Marcelo Régua/MPIX/CPB / Divulgação
Alcalde participou também do revezamento 4x50 m medley
Foto: Marcelo Régua/MPIX/CPB / Divulgação
“Ano passado, quando ele (Grigorev) chegou muito próximo, brincou que em algum tempo iria me ganhar. Eu disse que se eu treinasse exclusivamente para essa prova como ele faz, ele não iria me ganhar. Iria demorar um pouco”, contou André, que voltou a lamentar o tempo abaixo do esperado – o recorde mundial, de sua autoria, é de 55s99. “Como diz meu amigo Thiago Pereira: o que vale é a placa amarela, quem toca antes, ganha”.
Phelipe Rodrigues também nadou os 100 m borboleta S10, terminando com a 6ª colocação. Já Letícia Freitas ficou em 5º lugar nos 400 m livre S13. Ruiter Silva, nos 400 m livre S9, acabou com o 7º lugar. Por fim, o revezamento feminino dos 4x50 m medley terminou com a sexta colocação, nadando com Susana Ribeiro, Edênia Garcia, Maria Dayanne da Silva e Joana Neves.
​O repórter viajou a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro

Vaidosa, musa da natação paralímpica desponta como modelo fotográfica

Mundial Paralímpico de natação (Satiro Sodré/Agif)
MUNDIAL PARALÍMPICO DE NATAÇÃO
17/08/2013 07h20 - Atualizado em 17/08/2013 07h20

V

Aos 21 anos, Camille Rodrigues concilia natação com trabalhos no mundo da moda, quebrando paradigmas: 'Deficiente não é uma pessoa acabada'

Por Flávio DilascioDireto de Montreal, Canadá
Comente agora
Entende-se por ditadura da beleza um padrão estético pré-estabelecido pelo senso comum. Na contramão de qualquer paradigma, uma atleta paralímpica desponta com uma das desportistas mais bonitas do país. Com a perna direita amputada, a nadadora fluminense Camille Rodrigues já é uma realidade no mundo da moda. Morena, 1,65m de altura e corpo escultural, a nadadora foi convidada para fazer um ensaio para uma loja do Rio após o Mundial Paralímpico de Natação, em Montreal (Canadá). Descoberta por um fotógrafo carioca, ela espera abrir novos caminhos para pessoas com deficiência.
Camille Cruz musa paralímpica brasileira (Foto: Washington Alves/CPB)Camille Rodrigues: a musa da natação paralímpica brasileira (Foto: Washington Alves/CPB)
- Acho que as fotos que faço servem para quebrar um paradigma de que o deficiente é uma pessoa acabada que só fica em casa. Esse é o principal objetivo da minha atuação como modelo. Tenho isso mais como um hobby, embora tenha recebido muitos convites para trabalhos - afirmou Camille.
Natural de Santo Antônio de Pádua, no interior do Rio, a nadadora foi descoberta pelo mundo da moda há um ano, quando o fotógrafo Márcio Oliveira a viu nadando em seu clube, a Andef, em Niterói (RJ). Clicada em diferentes poses com diversos figurinos, a morena virou celebridade na internet.
 - Meu primeiro ensaio fez muito sucesso, tanto que fui chamada para diversas entrevistas. Mas o mais legal foi ser reconhecida na rua por deficientes que vieram para mim e disseram que passaram a se sentir melhor ao verem o meu ensaio - destacou.
Vaidosa, a atleta não dispensa um salto alto nas saídas. Por conta de uma prótese especial, ela consegue usar o adereço raramente utilizado por pessoas com deficiências nos membros inferiores(assista acima a vídeo da atleta se produzindo).
- Recebi essa prótese adaptada do meu patrocinador. Gostei muito, porque agora posso me produzir melhor - ressaltou.
Aos 21 anos, Camille mora sozinha em Niterói. Os pais ficaram em Santo Antônio de Pádua, para onde a nadadora costuma ir nas férias e folgas. Na Andef, a bela conheceu o namorado Thiago Alencar, guarda-vidas de piscina, a quem considera "super gente boa" no que diz respeito ao ciúme.
Camille Cruz musa paralímpica brasileira (Foto: Washington Alves/CPB)Camille compete nos 100m costas categoria S9
neste domingo (Foto: Washington Alves/CPB)
- Ele leva a minha fama numa boa - resumiu.
Apesar do sucesso no mundo da moda, é da natação que Camille Rodrigues vive. Competindo desde 2007, ela voltará à piscina do Parque Jean-Drapeau neste domingo para a disputa das eliminatórias dos 100m costas categoria S9 - o SporTV transmite todas as finais deste domingo, a partir das 18h(horário de Brasília). Buscando uma evolução no cenário internacional, a nadadora traçou como objetivo estar ao menos na final.
- Ainda não vou brigar por medalha agora, só por final, o que já é uma evolução enorme. Tenho muito a crescer na natação ainda para estar no melhor nível internacional - analisou.
Camille pratica natação desde os quatro anos de idade por recomendação médica. Após ter de amputar a perna direita devido a uma má formação congênita, ela teve de procurar o esporte para paralisar uma atrofia na bacia. Com quatro medalhas no Pan-Americano de Guadalajara, em 2011, ela não imaginava ir tão longe na carreira.
- No início, não imaginava chegar tão longe. Mas, desde que comecei a competir, há seis anos, os resultados foram aparecendo e hoje eu acredito em mim. Meu intuito é continuar crescendo na natação que a minha hora vai chegar - finalizou.
Camille Cruz musa paralímpica brasileira (Foto: Flávio Dilascio)Nadadora soma no currículo quatro medalhas no Pan-Americano (Foto: Flávio Dilascio)
Confira a programação do Mundial Paralímpico de Natação deste sábado:
Manhã – eliminatórias
Fabiano Toledo – 50m borboleta S7 – 9h12 (10h12 Brasil)
Verônica Almeida – 50m borboleta S7 – 9h18 (10h18 Brasil)
Joana Neves – 100m livre S5 – 9h39 (10h39 Brasil)
Andre Brasil – 100m costas S10  - 9h48 (10h48 Brasil)
Tarde – finais
(final direto) Talisson Glock – 50m borboleta S6 – 17h (18h Brasil)
(final direto) Maria Dayanne Silva – 50m borboleta S6 – 17h03 (18h03 Brasil)
50m borboleta S7 masc. – 17h43 (18h43 Brasil)
50m borboleta S7 fem. – 17h47 (18h47 Brasil)
(final direto) Clodoaldo Silva e Daniel Dias – 100m livre S5 -  18h58 (19h58 Brasil)
100m livre S5 fem. – 19h03 (20h03 Brasil)
100m costas S10 masc. – 19h21 (20h21 BrasiL) 
(final direto) Talisson Glock – 100m costas S6 – 19h31 (20h31)
*O repórter viaja a convite do Comitê Paralímpico Brasileiro