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sábado, 27 de dezembro de 2014

HOMENAGEM À ALDO MICCOLIS - PROJETO DE LEI Nº 768/2014 - CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

PROJETO DE LEI Nº 768/2014

      EMENTA:
      DÁ NOME DE ALDO MICCOLIS (PREPARADOR FÍSICO) À VILA OLÍMPICA DO ENCANTADO.
Autor(es): VEREADOR ELISEU KESSLER


A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
D E C R E T A :
Art. 1º O Poder Executivo dará o nome de Aldo Miccolis (Preparador Físico/1931-2009) à Vila Olímpica do Encantado.

Parágrafo único. O Poder Executivo adotará as medidas necessárias, observando o disposto na Lei nº 20, de 3 de outubro de 1977.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


Plenário Teotônio Villela, 27 de março de 2014.


Vereador ELISEU KESSLER
PSD

JUSTIFICATIVA
Aldo Miccolis - um nome fazendo a história
    O nascimento do esporte para pessoa com deficiência no Brasil Pode-se afirmar, sem dúvida nenhuma, que Aldo Miccolis foi uma das pedras fundamentais do movimento paraolímpico do Brasil. Um homem além de seu tempo. Desde 1958, sua luta foi bastante árdua, no sentido de divulgar o esporte e o direito de cidadania das pessoas com deficiência no Brasil. Naquela época, nada consistente acontecia a respeito. Ao formar 2 equipes de basquetebol em cadeira de rodas, viajou pelo país, visitando mais de 100 municípios, fazendo exibições e palestras.Esta história verdadeira começou no chamado Dia da Mentira - 1º de abril: Era o ano de 1958. Nessa ocasião, foi fundado o “Clube do Otimismo”, por Robson Sampaio de Almeida, um cadeirante, evangélico batista, alagoano radicado no Rio de Janeiro, que após ter sofrido um trágico acidente nos Estados Unidos, ficou em uma cadeira de rodas.
    Para desenvolver seu projeto social e esportivo, Robson convidou para ajudá-lo a realizar seu sonho, o jovem Aldo Miccolis, também evangélico batista, com 26 anos, que nessa época era preparador físico do exército. Assim foram formadas as primeiras equipes de basquetebol em cadeiras de rodas no Brasil.
    Estando o Clube do Otimismo já criado, entidade pioneira do esporte e da reabilitação de pessoas com deficiência no Brasil, Aldo Miccolis colaborou, em 1965, com a fundação do Clube dos Paraplégicos do Rio de Janeiro, hoje Centro de Amparo ao Incapacitado Físico (CAIF) e, em sua própria casa, por diversas vezes, abrigou moças com diferentes deficiências para formar o setor feminino da entidade, no bairro de Piedade, RJ. Por muito tempo foi procurador geral dessa entidade filantrópica.
    Quando, em 1987, Robson Sampaio, presidente do Clube do Otimismo, faleceu, a instituição entrou em crise e sua família, não conseguindo solucionar os graves problemas que a entidade enfrentava, chamou Aldo Miccolis para dirigir o clube, com o objetivo de salvá-lo da inadimplência. 

    Aldo Miccolis aceitou o desafio. Em 1969, foi constituída a primeira delegação brasileira de atletas cadeirantes para competir em Buenos Aires, nos II Jogos Pan-americanos em Cadeira de Rodas, com deficientes do Rio de Janeiro e São Paulo. Na Argentina, o Brasil ganhou 17medalhas. Daí para frente, nosso país participou de todas as competições internacionais. 

    Em 1975, dentro do avião em que estava a delegação brasileira vinda de jogos internacionais no México, foi fundada a ANDE - Associação Nacional de Desportos para Deficientes, da qual foi presidente durante 25 anos. Em 1976, Aldo Miccolis assumiu a direção do esporte nacional dos deficientes. Muitos países foram visitados por ele e seus atletas paraolímpicos: Inglaterra, França, Alemanha, Holanda, Canadá, Estados Unidos, Checoslováquia, Argentina, Coréia do Sul, Japão, Irlanda do Sul, Uruguai, Chile, Peru, Jamaica, México, Ucrânia, Austrália, Grécia entre outros. 

    Aldo Miccolis, ao longo de sua vida, tornou-se um grande incentivador da prática de várias modalidades esportivas para as pessoas com limitações congênitas, físicas e sensoriais. Enquanto por aqui viveu, ininterruptamente, por cinquenta e um anos, acreditou e trabalhou por isso.

    Junto à delegação paralímpica, foi recebido por grandes personalidades mundiais como o Príncipe Charles, Rei Juan Carlos, Papa João Paulo, entre outros. Obteve audiência com todos os Presidentes da República do Brasil, desde Castelo Branco a Luís Inácio Lula da Silva.

    Como homem de Deus, Aldo Miccolis teve uma vida de testemunho e de compromisso com sua fé, comportamento esse notado em toda parte por onde ele passou. Por diversas vezes, juntando-se aos atletas de Cristo da delegação, realizou cultos, distribuiu folhetos nos mais variados idiomas, mantendo-se firme na oração.

    Aldo Miccolis é Presidente de Honra do Comitê Paralímpico Brasileiro e Cônsul Paralímpico, tendo atuado como Vice-Presidente em anos anteriores. Também é Presidente de Honra da Associação Brasileira de Esportes para Cegos. Foi Presidente da FEPAN CP-ISRA (Panamerican Federation of Sports for Cerebral Palsy), que dirige a área para portadores de paralisia cerebral no mundo, foi membro do Comitê Executivo do IPC/Américas (Executive Committe of IPC/Americas) e Presidente do Clube do Otimismo. Aldo Miccolis foi detentor daMedalha Nacional do Mérito Esportivo, outorgada pelo ex-presidente José Sarney.
    Em 2001, foi homenageado pelo Sínodo da Igreja Presbiteriana do Brasil como personalidade do milênio e recebeu da Câmara Municipal a Medalha Pedro Ernesto, maior condecoração da cidade do Rio de Janeiro. 

    No âmbito evangélico, atuou expressivamente em diversas lideranças; como diácono da Igreja Batista do Méier, ocupou diferentes funções em sua igreja, com muita dedicação; foi executivo da associação dos Diáconos Batistas Cariocas, tendo fomentado o trabalho diaconal a nível nacional; trabalhou na Junta de Ação Social da Convenção Batista Carioca; além de ter pertencido aos Gideões Internacionais.

    Homenagens póstumas têm sido feitas a Aldo Miccolis como reconhecimento de seu trabalho: Prêmio Aldo Miccolis entregue pelo Comitê Paralímpico Brasileiro a uma personalidade ou empresa de grande atuação na área do paradesporto nacional. Há a Medalha Aldo Miccolis do COMDEF-RJ, a Associação dos Diáconos Batistas Cariocas deu a seu Coro o nome de Coro Aldo Miccolis devido à dedicação que o patrono teve às atividades diaconais dentre outras homenagens.

    Alguns dados biográficos: 

    Aldo Miccolis, descendente de italianos e gregos, nasceu em 28 de agosto de 1931, na Rua São Carlos, no bairro do Estácio, Rio de Janeiro. É filho de Mário Miccolis e Zulmira Miccolis. 

    Evangélico, converteu-se em um trabalho evangelístico ao ar-livre realizado por um grupo de jovens da Primeira Igreja Batista em Inhaúma, onde foi batizado pelo pastor Walfrido Monteiro, com 21 anos de idade. Após sua conversão, participou de diversas igrejas batistas como Abolição, Engenho de Dentro, Água Santa, Quintino e Vila da Penha, fixando-se, até seu falecimento, na Igreja Batista do Méier.

    Foi Líder Geral dos Adolescentes Batistas Cariocas por um período de 10 anos consecutivos (1969 - 1978), realizando Congressos inesquecíveis, que reuniram milhares de adolescentes. Dedicou-se, de 
    forma marcante, ao trabalho executivo da Associação dos Diáconos Batistas Cariocas e aos Gideões Internacionais, por causa de seu amor à Bíblia Sagrada.
    Aldo Miccolis foi casado com Mariúza Fiúza Miccolis. Pai de Shirley, Rosane, Mário José e Madalena, teve sete netos e nove bisnetos. Mariuza é cadeirante, cantora evangélica e junto com seu esposo visitava várias igrejas, compartilhando sua fé em Cristo e conscientizando os ouvintes para a causa da pessoa com deficiência .
    Frequentemente, Aldo Miccolis era convidado para palestrar sobre o trabalho paraolímpico em diversas universidades, colégios, igrejas entre outros. Dessa forma, passava seu conhecimento na área e sua experiência, já que era a história viva do paradesporto.

    Por algumas vezes, tentou entrar para o cenário político a fim de defender seu ideal. Candidatou-se a deputado e a vereador, ficando na suplência. No ano 2000, obteve 6000 votos e a partir daí desistiu da política partidária passando a apoiar àqueles que se comprometiam a lutar pela nobre causa das pessoas com deficiência.

    Aldo Miccolis foi violinista, compositor e poeta. Autor do poema “Luminárias”, muito apreciado nas programações de abertura e encerramento de competições nacionais das pessoas com deficiência.
    É sobrinho da diva da música lírica no Brasil, a soprano Ida Miccolis; primo da escritora e poetisa Leila Miccolis e tio da harpista Ana Miccolis, pessoas famosas do cenário artístico do nosso país. Entretanto, o que, verdadeiramente, ele mais apreciava era de ser chamado de “diácono”, servo de Deus.
    Considerações finais :
    Aldo Miccolis participou das Paralímpíadas, em Pequim, em 2008, junto à delegação brasileira, onde nossos atletas defenderam o país ficando em 9° lugar no mundo, conquistando 47medalhas, brilhantemente.
    Seu pioneirismo e liderança no esporte paralímpico foi de suma importância para o movimento, pois cooperou na divulgação dos direitos de cidadania dos milhões de brasileiros vitimados pelos mais variados tipos de deficiência, sensibilizando autoridades e a sociedade em geral para as questões do mercado de trabalho, acessibilidade, saúde, educação, lazer, que são direitos constitucionais da pessoa com deficiência.
    Aldo Miccolis foi chamado para viver ao lado do seu Senhor, à 1h50min do dia 14 de dezembro de 2009, no Hospital Pasteur, no bairro do Méier, onde morava, no Rio de Janeiro, falecendo de infarto, muito embora tenha vivido 15 anos com um câncer de próstata, que não o intimidou.
    Seu corpo foi velado em sua tão amada Igreja Batista do Méier e, no dia seguinte, sepultado no cemitério de Inhaúma.
    A humanidade perde a presença física de um grande homem. O legado deixado por ele é de valor inestimável, e, indubitavelmente, a prova de que sua existência não acabou, pois continua entre nós através de seus muitos frutos.
    Aldo Miccolis amava a vida, o próximo e a Deus sobre todas as coisas, e, enquanto viveu, fez-se incansável na defesa de seus ideais, nunca traindo seus princípios, o que foi motivo de orgulho para todos os que com ele conviveram. Exemplo de integridade, otimismo e fé.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A Primeira árbitra de Futebol Credenciada Pela Fifa é Brasileira


A primeira árbitra de futebol credenciada pela FIFA é brasileira
14/12/2014

por Silvana Vilodre Goellner
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Léa Campos (Asaléa de Campos Micheli), nascida em Belo Horizonte no ano de 1945, é uma mulher avante do seu tempo. Em plena Ditadura Militar formou-se árbitra pela Federação Mineira de Futebol, a despeito dos papéis de gênero estabelecidos como adequados para aquele contexto cultural. Diplomada em Educação Física e Jornalismo, teve muito trabalho para fazer valer sua vontade e o reconhecimento de seu diploma pela FIFA se deu apenas no ano de 1971. Para tanto, enfrentou pessoas e instituições como  a CBF e seu presidente João Havelange que não reconhecia nem permitia que desempenhasse sua função. Léa buscou apoio de diferentes modos recorrendo, inclusive, ao então presidente Emílio Garrastazu Médici, que ao recebê-la assinou uma carta autorizando-a a atuar.
Uma vez reconhecido o seu título pelo governo brasileiro, Léa arbitrou em vários estados e em países da Europa e das Américas sendo elogiada pela sua competência e dedicação.
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Praia de Atlântida, Rio Grande do Sul – década de 1970
Praia de Atlântida, Rio Grande do Sul – década de 1970
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Em 1971 representou o Brasil em um Campeonato Mundial de Futebol Feminino realizado no México, competição que possibilitou o reconhecimento de  seu diploma pela FIFA. Vale lembrar que neste período estava em vigência a Deliberação n. 7 de 2 de agosto de 1965 do Conselho Nacional de Desportos (CND) que nomeava as modalidades proibidas às mulheres complementando, assim a determinação do Decreto Lei n. 3199, de 14 de abril de 1941 que considerava a prática de alguns esportes incompatíveis  com a  “natureza feminina”. O Decreto, assinado pelo então Presidente do CND, General Eloy Massey Oliveira de Menezes, asseverava  que não era permitida às mulheres a  prática de lutas , futebol, futebol de salão, futebol de praia, pólo-aquático, pólo, rugby, halterofilismo e baseball. Ou seja, as mulheres não podiam praticar jogando mas nenhuma  referência era feita à prática da  arbitragem. O que conferiu à Lèa o direito de atuar.
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Praia de Atlântida, Rio Grande do Sul – década de 1970
Praia de Atlântida, Rio Grande do Sul – década de 1970
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Em 1974 Léa sofreu um acidente que prejudicou sobremaneira sua carreira. Com dificuldades de locomoção por dois anos usou cadeiras de rodas. Recuperada do acidente aproximou-se do universo das lutas dedicando-se à luta livre e o boxe, modalidades que como sabemos não eram (e não são) recomendadas para as mulheres.
Exitosa em sua trajetória, o protagonismo de Léa Campos evidencia que a presença das mulheres na arbitragem é um direito de quem deseja seguir a profissão. Sua presença nos campos abriu caminhos para que muitas mulheres possam concretizar este desejo, pois faz ver que não existem justificativas plausíveis que limitem ou impeçam  essa atuação senão o preconceito e a ignorância.  Por essas é outras  que se torna fundamental narrar a sua história e reconhecer a importância que esta mulher tem para a história do esporte brasileiro. Quiçá possamos ver publicada no Brasil a biografia Lea Campos: rules can be broken, escrita por Luis Eduardo Medina em 2001. Quiçá possamos conhecer mais além dessas parcas informações que aqui registro. Este é um de meus objetivos para 2015. Aguardem!!!!

Fonte: www.historiadoesporte.wordpress.com

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Servidores ensinam pintura em azulejos a pessoas com deficiência - Arteterapia estimula criatividade e coordenação motora em Uberlândia.


Mais de 100 pessoas já foram contempladas na cidade.

Tulio CalegariDo G1 Triângulo Mineiro
projeto pintura uberlândia (Foto: Heloisa Gomides/ Arquivo Pessoal)Alunos utilizam diversos materiais durante atividade
(Foto: Heloisa Gomides/ Arquivo Pessoal)
Disponibilizar um espaço de inclusão e ao mesmo tempo estimular a criatividade. Esse é um dos objetivos da Oficina de Pintura em Azulejo, projeto idealizado pelos servidores públicos Warley Resende e Heloisa Gomides. Criado há mais de dez anos na cidade, a atividade oferece aulas de arteterapia para pessoas com deficiência todas as segundas-feiras, das 9h às 11h, na Biblioteca Municipal.
A atividade é oferecida por meio da Secretaria de Cultura e atende mais de 20 alunos com Síndrome de Down, autismo, paralisia e outras deficiências. “Havia uma demanda por espaços que estimulassem a realização de atividades para pessoas com deficiência na cidade, então nos propusemos a ajudar e montar esse grupo. Eu tinha o conhecimento sobre a pintura e especialização em psicopedagogia. Juntei as habilidades, conversei com a diretoria de cultura e resolvemos possibilitar esse espaço”, explicou o professor da turma, Warley Resende.
Durante a aula, cada aluno ganha um azulejo e, após passarem um creme protetor, iniciam a pintura. Os materiais usados são tinta óleo e materiais alternativos, como panos velhos, palitos de dente e Etil Vinil Acetato (EVA). “Primeiro explico o que vou desenhar para que os alunos já imaginem o desenho. Depois faço meu desenho na frente de todos e libero para que cada um faça o seu”, acrescentou Warley.
De acordo com o professor, nas aulas são usados recursos de sombra e perspectiva, além de elementos conhecidos, como sol, céu, casa, montanhas, cachoeiras. “Procuro elementos conhecidos pela maioria, pois não adianta propor uma arte muito difícil, que dificilmente todos irão realizar. Não que eu duvide da capacidade dos alunos, mas tem que ser algo alcançável por todos”, comentou.
projeto pintura uberlândia (Foto: Tulio Calegari / G1)Pinturas retraram diversos ambientes e temáticas (Foto: Tulio Calegari / G1)
Noemia Junqueira é mãe da aluna Larissa, de 25 anos, que tem síndrome de down. A mãe contou que conheceu o projeto por meio da psicóloga da filha e que no início ficou com receio, pois a filha não gostava de sujar as mãos. Segundo Noemia, antes de encontrar a oficina de pintura ela tentou várias alternativas em escolas particulares da cidade.
“Segui o conselho e a Larissa adorou a aula. Ela foi a primeira aluna com deficiência a ser atendida pelo projeto. Acredito que a atividade melhora não só o lado criativo dos alunos, mas a coordenação motora e tátil. Eles acabam brincando com as combinações de cores e paisagens. Todos são muito resistentes a mudanças, mas o professor sabe coordenar bem e tem uma resposta positiva”, ressaltou Noemia.
Para o idealizador do projeto, a atividade procura seguir um modelo que vai de contramão à sala de aula tradicional. “O objetivo do projeto é criar um espaço de inclusão para as pessoas com deficiência e seus familiares. Por meio da arte, mostrar outros olhares para esses alunos, levantar a autoestima e também trabalhar a coordenação motora. Muitos pais relutam com a condição dos filhos e se preocupam se o filho fará um trabalho tão bonito quanto o do colega. Mas trabalhamos com humanos diferentes e fazer com que o aluno se sinta importante é o principal objetivo”, relatou Warley.
projeto pintura uberlândia (Foto: Heloisa Gomides/ Arquivo Pessoal)Professor estimula relação pessoal durante aula
(Foto: Heloisa Gomides/ Arquivo Pessoal)
Além das aulas de pintura, a também fundadora do projeto Heloisa Gomides organiza confraternizações com a turma em datas comemorativas. Carnaval, Páscoa, Dia das Crianças entre outras são pretexto para reunir o pessoal. A tradição começou no espaço de sala de aula, mas hoje é feita na casa da profissional. “É uma grande ferramenta para os familiares perceberem os alunos além da deficiência e aprimorar a relação interpessoal com os colegas”, disse Warley.    
Projeto
Segundo Warley, o projeto foi criado há 12 anos, mas apesar de já ter recebido verba de  governos anteriores, atualmente não faz parte do orçamento do Executivo. Isso faz com que não haja uma projeção para que outras turmas sejam abertas para atender a demanda. “Desde a criação do projeto, já atendemos mais de 100 jovens e atualmente temos uma lista de espera de mais de 200 nomes. Mas infelizmente não é possível atender todo mundo que nos procura. O justo seria ter mais espaços públicos para desenvolvimento de atividades como essa”, comentou.
Sentimento compartilhado por Noemia, que sente falta de opções de atividade para a filha na cidade. “Faltam profissionais para trabalhar com esse público aqui e de um local com estrutura completa e integrada. Temos que pensar que muitos deles já estão acima dos 20 anos e já passaram da fase do ensino fundamental e médio. Isso faz que com fiquem reféns a atividades de lazer variadas para não ficarem em casa dormindo ou apenas assistindo TV. E para isso, é necessário o estímulo de outras atividades”, finaliza a mãe.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014