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quinta-feira, 7 de maio de 2009

EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA - VOCE SABE O QUE É ?


DEFINIÇÃO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA

A Educação Física Adaptada, é o ramo da própria Educação Física que estuda e atua sobre pessoas com necessidades especiais, apresenta-se como uma área que contribui para a prevenção e tratamento de doenças; desenvolvimento e manutenção da saúde geral; melhoria da qualidade de vida em condições especiais de saúde, como: gestação, infância e maioridade; educação e/ou reeducação de pessoas com deficiências funcionais e sensoriais.


ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE MENTAL

A atividade física é um comportamento adquirido que requer motivação para começar e persistência para aderir a um programa. STEPHENS (citado por SHARKEY, 1998) evidenciou estudos epidemiológicos que indicam que o nível de atividade física é positivamente associado com a boa saúde mental, quando a saúde mental é definida como bom humor, bem-estar geral e sintomas relativamente esporádicos de ansiedade e depressão.

EFEITOS DA ATIVIDADE FÍSICA SOBRE ANSIEDADE E A DEPRESSÃO

Segundo SHARKEY (1998) a ansiedade pode ser definida como uma apreensão difusa por ameaça indefinida, caracterizada por sentimentos de incerteza, desamparo, tensão, apreensão e nervosismo. Enquanto que a depressão é caracterizada por tristeza, auto-estima baixa, pessimismo, desesperança e desespero. Os sintomas da depressão variam desde fadiga, irritabilidade, falta de direção e retraimento, até pensamento de suicídio.

SHARKEY (1998: 41) explica que a atividade física ocupa a mente, permitindo a passagem do tempo durante períodos difíceis, permite a substituição de maus hábitos por bons hábitos, fixações negativas por fixações positivas, é uma forma de meditação, fornecendo os benefícios de outras abordagens associadas à melhoria da saúde e na aptidão; dá uma sensação de controle sobre nossa própria vida e o meio em que vivemos.

"A atividade regular serve como uma estratégia de convivência eficaz, uma distração em meio ao estresse da vida cotidiana." (1998: 41)

A auto-estima pode ser valorizada através da participação em atividade física, talvez estimulando o amor próprio.

MECANISMOS BIOQUÍMICOS DA ATIVIDADE FÍSICA

A atividade física e o treinamento podem influenciar no metabolismo e sobre uma quantidade de hormônios, sobre isso EDUARDO (1999) afirmou:

"Os exercícios físicos diários aumentam a produção de betaendorfinas e encefalinas, opiáceos naturais que dão sensação de bem-estar e disposição, combatem a dor, melhoram o aprendizado e o vigor". (p. 57)

VRIES e ADAMS (1972) apud SHARKEY (1998), fez um estudo que mostrou que uma sessão de exercícios (caminhada) foi tão eficaz na redução da tensão quanto um tranqüilizante, e que o efeito de exercício foi mais duradouro que o da medicação.

Durante a atividade física acontece algumas alterações fisiológicas na freqüência cardíaca, pressão arterial e outras, que elevam temporariamente a temperatura do corpo e induz ao relaxamento e a fadiga leve, fatores relacionados ao efeito tranqüilizante do exercício.

1.1.Metas da Educação Física Adaptada

Um dos principais objetivos da Educação Física Adaptada é a integração do portador de necessidade especial na sociedade.Para que esta integração aconteça de forma satisfatória é necessário o alcance de algumas metas, ROSADAS (1991) – cita metas da Educação Física Adaptada:

§Estimulo ao desenvolvimento

Os fatores do estímulo hormonal, desencadeados pela Síndrome de Adaptação Geral, ou seja, as constantes alterações na estrutura e nas funções do organismo quando submetido à exercício físico com o objetivo de equilibrar o funcionamento, ao mobilizarem o eixo hipotálamo-hipófise-tireóide-supra-renal-gônadas, têm interferência bem comprovada sobre o crescimento e desenvolvimento.

Outro ponto importante é que os aspectos relacionados ao desenvolvimento psicossocial e intelectual, constatados, parecem ter uma atração dependente de uma melhoria da oxigenação cerebral.

§Possibilitar condições de desenvolver seu potencial criativo e espontâneo

Ser alegre, motivar e sociabilizar, são algumas características afetivo-sociais importantes em uma aula de Educação Física especial, promovendo integração, ajustamento, interesse e participação do aluno-problema.

§Criar situações que pareçam com situações reais da vida

Esses procedimentos preparam o aluno para receber com mais desembaraço os encargos que certamente vão surgir no futuro.

§Aproximar o aluno do convívio comunitário

As diferenças impostas pela sociedade, que mal informada, as transforma em verdadeiras barreiras.Daí a importância de mostrar as potencialidades do aluno especial.

§Auxiliar na plena integração afetivo-social

Na ausência de um departamento de psicologia, muitas vezes, o profissional de Educação Física será solicitado a agir nesse sentido, devido a sua extensa ligação com o aluno, pois a imagem de um professor de Educação Física emite, para o aluno, segurança, por esse motivo ele é procurado.

FUNÇÕES DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA

A Educação Física se caracteriza pelas suas funções biológicas, cinestésicas e integradora, assistindo ao ser humano pelas suas necessidades biopsicossociais

Brum&Fandila (1983:13) detalharam as funções da Educação Física Adaptada, veja nos próximos tópicos.

Função Biológica: Trata-se da formação física básica, esta função visa possibilitar condições para auxiliar o desenvolvimento e manutenção da estrutura do organismo, usando basicamente dois caminhos:

§Ativando as grandes funções orgânicas

§Estimulando os órgãos sensoriais

Função Cinestésica: A função cinestésica abrange os aspectos psicomotores na formação física técnica, informando como usar o corpo com segurança e eficiência,orienta a aprendizagem de técnicas específicas e conduz à economia do movimento e do esforço com efetivo alcance de resultados, oportunizando a expressão criadora.

Segundo Tavares (2003) atividades psicomotoras são modalidades de atendimento onde o cliente resgata seus conteúdos mais profundos em nível da motricidade. Todas as pessoas guardam em seu corpo (nível sensorial, intuitivo e afetivo) uma história de vida que favorece o desabrochar ou bloqueio do ser humano. É um resgate feito em nível inconsciente através de materiais específicos: dinâmicos, estáticos e afetivos e de um profissional com formação, muito especial que não se faz no nível racional – cursos teóricos, mas no nível da própria motricidade do terapeuta através de vivências corporais. O trabalho em primeiro lugar permite o contato agradável em nível de sensibilidade orgânica e dos sistemas sensoriais. Trata-se de provocar o prazer e desprazer; de lidar com as polaridades da personalidade. Isso pode criar e facilitar uma outra visão de si.

Função Integradora: Integradora porque proporciona a interação mente/corpo, envolvendo o educando em seu todo biopsicossocial.

A função integradora, também conhecida como afetivo-social por alguns autores, apresenta como principais características:

§Possibilitar o relacionamento intra e interpessoal;

§Oportunizar bem-estar mental, social, emocional e físico;

§Situar a atividade física como forma de comunicação e instrumento de expressão – imagem cinestésica;

§Contribuir para compreensãode valores sócio-culturais.

§Atender a necessidade de movimento, de auto expressão e de lazer.

Como o próprio nome sugere, a função integradora tem como principal aspecto promover a interação social com essas crianças. Esses pacientes demonstram problemas no nível social. Apresentam dificuldades na compreensão do outro, ocasionando uma falta de interesse pelas pessoas não mantendo contato afetivo com estas. Para isto, torna-se imprescindível o atendimento grupal, a fim de estimular essa compreensão, e promover a socialização da criança. Brum&Fandila (1983:13)

REFERÊNCIAS

AJURIAGUERRA, J . MARCELLI, D . Manual de psicopatologia infantil. 2ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

AQUINO, Eduardo. Labirintos do corpo e da alma. Belo Horizonte: Modos Vivendi, 1999.

BEZERRA, Ana Rafaella Chiapeta at al. Intervenção terapêutica-ocupacional na psicose infantil. Departamento de Terapia Ocupacional, Centro de Ciências da Saúde (CCS), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),Recife : 2002. disponível em: Psiqweb, Acesso em: 18 jul. 2004.

Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas – Coordenação Organização Mundial de Saúde; Trad. Dorgival Caetano. – Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

SHARKEY, Brian, J.. Condicionamento físico e saúde. 4. ed. Portp Alegre: Artned, 1998.

BRUM, Eloah Soyre Frirdch& REGINTO, Fandila Maria. Educação física: Diretrizes para o ensino do 1º grau. Brasília: FUNAME.SSEP, 1983.

DAVIDOFF, Linda L. Introdução à psicologia. São Paulo: Mcgruwhill, 1983.

FINGER, Jorge Augusto Orte. Terapia ocupacional. São Paulo: Sarvier, 1996.

GONÇALVES, Maria Cristina/PINTO, Roberto C. Alves/TEUBER, Silvia Pessoa. Aprendendo Educação Física da pré-escola até a 8ª série do 1º grau - Da técnica aplicada ao movimento livre. Curitiba: Bolsa, 1996.

LEITE, Francinaldo Freitas. A Importância da educação física numa instituição detratamento psiquiátrico (Trabalho Acadêmico Orientado do curso Licenciatura em Educação Física). Departamento de Educação Física da UEPB, Campina Grande-Pb, 1999.

LUNA, Sérgio Vasconcelos de. Planejamento de pesquisa: Uma introdução elementos para análise metodológica. São Paulo-SP: Ed. Educ, 1997.

MAZET, F. Lebovici, S. et al. Autismo e psicose infantil.Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

MCARDLE, William D./KATCH, Frank I./KATCH, Victor L.. Fundamentos de fisiologia do exercício. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2002.

MENDES, Márcia Regina Pinez. Avaliação psicomotora em crianças com lesão cerebral : uma abordagem fisioterapêutica ( dissertação de mestrado) Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP : 2001.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. at al. Pesquisa social – Teoria, método e criatividade. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.

MOREIRA , Mário Santos. Esquizofrenia infantil. Rio de Janeiro: Epume, 1986.

ROSADAS, S. C. Atividade física adaptada e jogos especiais para deficientes – Eu posso. Vocês duvidam? Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1989.

ROSADAS, S. C. Atividade física especial para deficientes. 3 ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1991.

SOCIEDADE Brasileira de Psiquiatria Clínica. Impacto dos Medicamentos Psicoativos nosServiços de Saúde Mental. Ribeirão Preto: SBPH, 1993.

SOLER, Reinaldo. Brincando e aprendendo na educação física especial. Rio de Janeiro:sprint, 2002.

TAVARES, Maria da Consolação G. C. F. Imagem corporal. Barueri: Manole, 2003.

VIEIRA, Leociléia Aparecida. Projeto de pesquisa e monografia: o que é? Como se faz?: Normas da ABNT. 2. ed. Curitiba:Ed. Do Autor, 2004.

Fonte: Webartigos.com | Textos e artigos gratuitos, conteúdo livre para reprodução. 1
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VEJA MAIS EM :

http://www.webartigos.com/articles/4009/1/educacao-fisica-adaptada-em-saude-mental/pagina1.html
http://search.conduit.com/Results.aspx?q=EDUCA%C3%87%C3%83O+F%C3%8DSICA+ADAPTADA&ctid=CT1964375&octid=CT1964375

2 comentários:

  1. nossa otimo!!! sou estudante de licenciatura em educaçao fisica e fiquei maravilhada com seu blog ..estava a procura de um tema para minha pesquisa e adorei esse..adoraria receber mas seus assuntos em meu email :elianesamyele@gmail.com ou eliane_kin@hotmail.com se possivel

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