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quinta-feira, 7 de maio de 2009

O Esporte Adaptado


A história do Esporte Adaptado no Mundo e no Brasil

O Esporte Adaptado surgiu no início do século XX, de forma muito tímida. Na primeira década do século, iniciaram-se as atividades competitivas para jovens portadores de deficiências auditivas, especialmente em modalidades coletivas. Por volta de 1920, tiveram início as atividades para jovens portadores de deficiência visual, especialmente a natação e o atletismo.

Para pessoas portadoras de deficiências físicas, o início do esporte oficialmente se deu ao final da Segunda Guerra Mundial, entre 1944 e 1952, quando os soldados voltaram para os seus países de origem com vários tipos de mutilações e outras deficiências físicas.

As primeiras modalidades tiveram origem na Inglaterra e nos Estados Unidos. Na Inglaterra, por iniciativa do médico Ludwig Guttmann, indivíduos com lesão medular ou amputações de membros inferiores começaram a praticar jogos esportivos em um hospital em Stoke Mandeville.

Nos Estados Unidos, por iniciativa da PVA (Paralyzed Veterans of América), surgiram as primeiras equipes de basquetebol em cadeira de rodas e as primeiras competições de atletismo e natação.

Desde então, o esporte para portadores de deficiências físicas não parou de crescer e, desde 1960, ocorrem os Jogos Paraolímpicos, sempre alguns dias após e na mesma sede dos Jogos Olímpicos convencionais.

Este segmento esportivo é muito praticado e muito divulgado em todo o mundo, principalmente nos Estados Unidos e Europa. As Paraolimpíadas e o Esporte Adaptado são nesses países muito divulgados e acompanhados pela mídia e pelo povo, na mesma proporção que acontece com os esportes convencionais.

No Brasil, o esporte adaptado surgiu em 1958 com a fundação de dois clubes esportivos (um no Rio e outro em São Paulo). Nos últimos cinco anos, o Esporte Adaptado brasileiro vem evoluindo, mas por falta de informação e, principalmente, de condições específicas para a sua prática, muitos portadores de deficiência ainda não têm acesso a ele.

Mesmo sem o apoio necessário, nas Paraolimpíadas de Sydney, em 2000, o Brasil conquistou um número recorde de 22 medalhas, sendo 6 de ouro, 10 de prata e 6 de bronze, quebrando três recordes mundiais no atletismo. E no futebol para amputados, o Brasil sagrou-se tetracampeão. Atualmente, o Esporte Adaptado no Brasil é administrado por 6 grandes instituições: A ABDC (Associação Brasileira de Desporto para Cegos) que cuida dos deficientes visuais, a ANDE (Associação Nacional de Desporto para Excepcionais) que cuida dos paralisados cerebrais e dos lesautres, a ABRADECAR (Associação Brasileira de Desportos em Cadeira de Rodas) que administra as modalidades em cadeira de rodas, a ABDA (Associação Brasileira de Desportos para Amputados) que cuida dos amputados, a ABDEM (Associação Brasileira de Desportos para Deficientes Mentais) que administra os esportes para deficientes mentais e a CBDS (Confederação Brasileira de Desportos para Surdos) que cuida dos deficientes auditivos e não está vinculada ao Comitê Paraolímpico Brasileiro.

Fontes Consultadas: site do Comitê Paralímpico Brasileiro, ABDC, ABRADECAR e IBGE e o livro Adapted physical education and sports, de Joseph P. Winnick, da editora Human Kinetics Books, de 1995.

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Hoje, graças ao ótimo desempenho de nossos atletas nos últimos Jogos Paraolímpicos, o “Esporte Adaptado” é mais conhecido pela nossa sociedade. Desde 1870, houve o 1º relato (Gannon 1981) Beisebol para surdos, na Ohio School for the Deaf. Nos Estados Unidos, tendo sido em 1960 - Primeiros Jogos Paraolímpicos, em Roma com cerca de 400 atletas de 23 países.

A partir daí as Olimpíadas e os Jogos Paraolímpicos vem sendo realizado paralelamente e, sempre que possível, acontecem na mesma cidade. Em 1964 foi criada a ISOD (International Sport Organization for the Disabled). E em 1967 os Primeiros Jogos Pan-americanos para pessoas com deficiência física.

Os Jogos Paraolímpicos de Barcelona de 1992 marcaram a primeira vez que um comitê olímpico/paraolímpico unificado foi adotado. E foi decretado então que, depois de 1996, todas as propostas para sediar os Jogos Olímpicos devem ser enviadas ao comitê olímpico/paraolímpico unificado.

Desta forma, os Jogos Paraolímpicos – que começaram como um evento com fortes implicações sociais e fins terapêuticos – tornaram-se o evento esportivo mais importante para as pessoas com deficiência.

No Brasil, em 1958 foram fundados dois clubes de esporte em cadeiras de rodas um em São Paulo – o Clube dos Paraplégicos de São Paulo (CPSP) - e o outro no Rio de Janeiro – Clube do Otimismo. O primeiro foi fundado pelo Sr. Sérgio Del Grande e ainda hoje é um dos maiores clubes para pessoas com deficiência do país.

O mais importante disso tudo, é o estímulo e a consciência de que a pessoa com necessidade especial não têm limites, e nos ensina o que são realmente os tão famosos “valores humanos”, como a humildade, simplicidade, sinceridade, esperança, perseverança, amizade e o amor.

Em várias passagens, e até hoje mesmo na escola onde atuo, “tenho que solicitar aos meus educandos que me dêem um beijo e abraço apenas no começo e fim das aulas, pois se não eles ficam a aula inteira demonstrando esse carinho e afeto pelo professor”.

É um aprendizado contínuo, é uma benção divina, uma missão que poucos assumem e estão preparados tanto na parte emocional ou de embasamento científico, pois se tratando de necessidades especiais não basta somente a boa vontade, mas também um conhecimento apurado sobre cada síndrome congênita, deficiências e suas características e adaptações.

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