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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Catarata - o que é e como tratar


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http://pt.wikipedia.org/wiki/Catarata


Nova lente intraocular permite a visão simultânea de perto e longe reduzindo o uso de óculos aos pacientes.

O cuidado com os olhos ao longo da vida associado aos avanços tecnológicos no desenvolvimento de modernas lentes intra-oculares e a procedimentos cirúrgicos de ponta resultam na combinação ideal para que a população acima dos 50 anos enfrente com maior tranqüilidade e segurança a catarata.

Caracterizada pela perda da transparência e capacidade de foco do cristalino, em função do envelhecimento do corpo humano, a visão fica prejudicada pela redução progressiva da nitidez na visualização da imagem, o que pode causar a cegueira. Além disso, a catarata dificulta a realização de atividades como ler, dirigir, ir ao cinema, passear ou executar as tarefas mais simples do cotidiano. A grande novidade na correção desse problema para garantir uma visão perfeita e trazer de volta ao paciente qualidade de vida e bem-estar são as lentes intra-oculares difrativas apodizadas, como a AcrySof ReSTOR. "Este modelo de lente possui um grande diferencial, pois possibilita uma visão simultânea para perto e longe, não havendo necessidade do uso de óculos após a cirurgia. Com isso, o paciente volta a enxergar corretamente e, ainda, tem o benefício estético por dispensar os óculos", avalia o oftalmologista Walton Nosé, livre docente da Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM) e professor titular da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes). Segundo o especialista, outra vantagem dessa lente é a sua apodização, ou seja, sua capacidade de gerar uma visão confortável pela minimização de efeitos como halos e glare noturno (ofuscamento). "Vale destacar que a cor amarela da lente protege a retina dos raios UV e azul tão prejudiciais aos olhos", acrescenta Nosé. O procedimento cirúrgico para a colocação do implante também acompanha a inovação oferecida pela ReSTOR. Após a realização de todos os exames e do cálculo do grau da lente, a cirurgia transcorre normalmente com a aplicação de anestesia local, e é feita uma pequena abertura de cerca de 2 milímetros, por onde a catarata será aspirada por meio de um aparelho com ultra-som. A lente dobrável é colocada no olho, substituindo o cristalino removido. "A cirurgia dura de 8 a 20 minutos em média, sendo recomendado um intervalo de 7 dias para se operar o outro olho. O pós-operatório é simples, uma vez que não se usa pontos, apenas prescrevem-se a aplicação de colírios específicos e cuidados como não molhar os olhos e evitar a prática da natação", observa Nosé. Cuidados com o sol - Verão

Muitos não sabem que o efeito cumulativo da incidência dos raios ultravioleta nos olhos podem antecipar o desenvolvimento da catarata. Assim, com mais horas de Sol durante o Verão, a exposição aos raios é maior. "O ideal é utilizar óculos escuros com lentes de policarbonato que filtram os raios UVA e UVB em locais como praia, clubes, na prática de esportes, em uma caminhada ou na realização de qualquer tarefa em ambientes externos. Essas dicas valem tanto para crianças quanto adultos", comenta o especialista.


Sobre a catarata:
No Brasil, são realizadas cerca de 360 mil cirurgias de catarata ao ano, doença que pode ser congênita, senil ou secundária. Na congênita, predominam o caráter genético ou doenças adquiridas pela mãe, como infecções intra-uterinas, entre outras. Nesses casos, a criança nasce ou desenvolve a catarata (pupila branca) nos primeiros meses de vida. Além do diagnóstico precoce, recomenda-se a realização de um minucioso pré-natal e verificação do histórico familiar.

Já a catarata senil é mais comum. Da população com 60 anos, 20% têm catarata. Este índice aumenta para 75% ao atingir 75 anos de idade. As alterações metabólicas do cristalino causadas por diabetes, uveítes, traumas, excesso de radiação, uso indevido de colírios com corticóides, entre outras, geram sua opacificação. O que resulta na catarata secundária. De acordo com a agência internacional de saúde WHO (World Health Organization), existem atualmente 45 milhões de cegos no mundo, dos quais 46% têm como causa a catarata, 37,5% não enxergam em virtude de glaucoma e traumas e 3,3% compõem grupo com cegueira infantil. Dr. Walton Nosé é oftalmologista, especializado em catarata, cirurgia refrativa e córnea. É titular da especialidade na Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) e professor livre docente da Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM), fundador da Sociedade de Catarata e Implantes e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Refrativa. www.sentidos.com.br - Copyright

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